Passei no vestibular, mas e agora?
O primeiro ano da faculdade é um período de adaptação onde todo universitário precisa de apoio
Existem vários marcos nas nossas vidas, desde a infância até nossa aposentadoria, mas sem sombra de dúvidas um dos momentos que definitivamente ficam na memória de todos os jovens que foram universitários é o vestibular e os primeiros anos da faculdade. Ainda no ensino médio os jovens são repetidamente questionados sobre o que querem fazer das suas vidas, quais carreiras vão escolher, quais vestibulares prestar e são constantemente cobrados (ou se cobram) para atender todas essas expectativas.
E lá vai o jovem passar por meses de preparação, estudos e provas até que finalmente chega o resultado: a aprovação na universidade dos sonhos! O jovem mal pode esperar pelo primeiro dia de aula, mas antes de tudo, começa outra leva de preocupações. Afinal ele vai ter que se mudar de cidade, arrumar um lugar para morar, aprender a cozinhar, conciliar os estudos e o trabalho, sem falar em manter sua saúde mental e física para dar conta de tudo!
Assim, quando percebem que o sonho de suas vidas tem também uma série de dificuldades, muitos jovens desistem de realizar a graduação, outros insistem um pouco mais e se levam ao limite até perceberem que não conseguem fazer tudo sozinhos. Essa é uma triste realidade no Brasil, país em que a taxa de evasão, até 2021, era de 55,5% de acordo com o Mapa do Ensino Superior, formulado pelo Instituto Semesp.
Compreender as dificuldades
Foi pensando nisso que o Instituto Semear surgiu como meio de incentivar a permanência de jovens de baixa renda. Nesse sentido, nosso time da Trilha da Autoliderança, projeto responsável por auxiliar e acompanhar os jovens bolsistas, realiza um trabalho de levantamento e mapeamento para compreender as maiores dores e dificuldades dos jovens:
Nos primeiros meses de faculdade, os jovens que recebem apoio da trilha frequentemente buscam orientação em questões como a organização do LinkedIn e a elaboração de currículos. Dado que muitos desses estudantes vêm de escolas públicas, surge a necessidade de aprender a estudar e obter materiais de apoio.
Ainda sobre a chegada dos jovens à faculdade, a tutora Simone conta que esses jovens apresentam muita motivação e interesse em aprender, isso porque eles lutaram muito para conseguir seu espaço na universidade, enquanto a maior parte de seus colegas de turma já nasceram direcionados para esse ambiente.
Como o Instituto Semear muda essa realidade?
Observar e analisar as dificuldades que os jovens enfrentam durante os primeiros meses é só o primeiro passo que tomamos no Instituto Semear para mudar essa perspectiva. É preciso então entender quais materiais serão necessários para ajudar o jovem, como conversar com o ele e quem vai acompanhar sua jornada.
Realizada ao longo de todo o ano, a Trilha aborda vários tópicos diferentes, fornece tutoras que são preparadas para ajudar cada jovem a lidar com seus desafios individualmente e claro a mentoria que ajuda esse jovem a se conhecer e desenvolver, como destaca a tutora sênior Letícia:
As tutoras, a partir das comunicações semanais, comentários em treinamentos e missões descobrem desafios que os jovens possuem (como alimentação, gestão de rotina e outros), daí a conversa é adaptada para cada jovem, explorando sua dificuldade, sugerindo novas ações que podem ajudar e acompanhando o desenrolar de cada questão a longo prazo (mesmo quando parece ter sido resolvido voltamos de tempo em tempo para saber se não houve recaídas relacionadas ao tema)
De acordo com Letícia, os treinamentos realizados ao longo do ano são planejados para abordar os principais desafios do jovem nos primeiros anos da faculdade e as missões seguem esses temas, sugerindo uma auto reflexão e uma atitude de mudança
Apoio além de treinamentos e acompanhamentos
Mesmo realizando um acompanhamento de perto com os jovens ao longo da Trilha, o time responsável pelo projeto entende que os jovens nem sempre tem acesso ou sabe como conseguir materiais necessários para sua jornada de desenvolvimento. Entre esses materiais estão guias de sobrevivência ao calouro, guia de moradia, finanças e gestão de rotina, além de um livro de receitas dos jovens do ano anterior. Simone conta ainda que esses materiais são projetados para enfrentar desafios mais comuns:
Para isso, consideramos também as possíveis limitações financeiras. Os manuais têm como objetivo promover a manutenção do bem-estar dos bolsistas, reconhecendo que não são máquinas e que gradualmente incorporar o autocuidado é crucial para a permanência na universidade. Incentivamos práticas como uma alimentação mais saudável, atividade física, o uso de uma agenda e a busca por atividades prazerosas, visando aumentar a motivação e tornar esse período desafiador mais gerenciável
Um apoio necessário
As dificuldades que os jovens de baixa renda enfrentam desde o vestibular até a graduação são muitas e elas nunca desaparecem. Assim, no Instituto Semear buscamos ser o centro de apoio que você pode precisar para completar o sonho da graduação.Se você é um jovem de baixa renda, entre 17 e 29 anos, que vai iniciar a graduação em uma universidade pública do estado de São Paulo esse ano, vem conhecer nosso trabalho e se tornar um jovem bolsista!
Qualquer dúvida estamos a disposição! E mais informações estão disponíveis no nosso Instagram: @isemearoficial 🌱
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